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Capital de giro: o que é e seu impacto financeiro

Quer saber o que é e como estruturar o capital de giro da sua agência? Confira as discas neste artigo!

· 3 min leitura >
planta que representa capital de giro

Uma boa gestão de indicadores financeiros da sua agência passa por estruturar o capital de giro para não ser pego de surpresa em períodos de baixa nos projetos.

Mas muitos empreendedores sentem dificuldade na hora de formar o capital de giro, e até mesmo entender a sua importância.

Por isso, preparei este artigo para explicar o conceito e detalhar algumas dicas para a construção dessa reserva tão importante para a saúde financeira do negócio. Quer conferir? Então continue a leitura!

Afinal, o que é capital de giro?

Todo negócio passa por momentos desafiadores, especialmente quando o assunto é fluxo de demandas. Em momentos de baixa de projetos, sua agência pode sofrer um pouco para realizar ajustes financeiros e, no pior dos cenários, honrar pagamentos.

 Por isso, é necessário estruturar um capital de giro. Você sabe o que isso significa?

Quando me refiro a capital de giro, estou falando sobre a reserva que garante a saúde financeira do seu negócio. É basicamente o dinheiro reservado para que a sua empresa consiga continuar funcionando bem mesmo em momentos de baixa.

Na prática, ele é todo o acumulado de valores disponíveis em conta ou a receber e que podem ser convertidos em reserva para cobrir despesas e até mesmo impulsionar o crescimento do negócio.

É importante que você saiba que este capital não é lucro e nem pró-labore.

Assim, ele representa a soma de todos os pagamentos a receber e caso você trabalhe com algum produto físico, também some o valor disponível em estoque subtraída dos custos com despesas, impostos e contas a pagar.

Para cada empresa, existe um valor mínimo de capital de giro. Isso porque ele é a “reserva de emergência” da sua agência caso você passe por um período de dificuldades financeiras.

É por isso que não existe um valor comum para este capital. Ele deve ser calculado levando como base o histórico financeiro de despesas e necessidades de cada empresa.

Diferença entre capital de giro e capital social

Um erro bem comum é confundir o capital de giro com o capital social, mas eu vou lhe explicar de maneira prática.

Vamos pensar no Miguel, ele e os sócios abriram uma agência de marketing digital. Para isso, planejaram um investimento inicial para começar a operação.

Esse investimento inicial é o capital social, também conhecido como capital inicial e deve ser calculado levando em consideração a compra de equipamentos e despesas iniciais.

Já o capital de giro, como eu já expliquei anteriormente, é a reserva necessária para manter as contas e o crescimento da empresa mesmo em momentos de baixa demanda.

Quais os tipos?

Existem diferentes tipos de capital de giro, para que você possa entender mais sobre cada um deles, eu listei abaixo. Confira:

  • Líquido: esse tipo leva em conta os chamados ativos circulantes, ou seja, o seu saldo de curto prazo;
  • Negativo: quando você faz um empréstimo para aumentar o capital de giro da sua empresa, ele é considerado um capital de giro negativo porque você precisa de um valor mínimo para cumprir com essa despesa;
  • Próprio: o mais simples dos tipos é o próprio, e ele é caracterizado pelos recursos oriundos do caixa da empresa, ou seja, a receita do negócio;
  • Associado ao investimento: quando você associa o seu capital próprio a um investimento oriundo de parceria para escalar o negócio, esse é chamado de associado a investimento.

Mas você deve estar perguntando: “Rafa, como é possível formar um capital de giro?”. E eu vou lhe responder essa pergunta no tópico a seguir.

Como é possível formar o capital de giro?

Para formar um capital de giro para sua agência é necessário ter um planejamento e fazer uma gestão eficiente do fluxo de caixa.

Como você já deve ter percebido, saber o seu ativo e o passivo circulante é um ponto para poder pensar neste capital.

Por isso, você deve ter atenção especial com alguns fatores do seu negócio, como:

  • Ciclos operacionais e financeiros;
  • Fluxo de demanda;
  • Percentual de inadimplência dos seus clientes.

Sendo assim, o caminho para formar o seu capital de giro passa diretamente por uma gestão financeira ajustada e que leve em consideração que determinados períodos podem ser menos lucrativos do que outros.

3 dicas para manter o capital de giro saudável

Para lhe ajudar ainda mais no processo de formação do seu capital de giro, eu separei algumas dicas que vão facilitar a organização financeira da sua agência. Confira:

1. Mantenha os dados financeiros detalhados

O primeiro passo para construir e manter a saúde financeira do seu negócio é investir em planejamento e organização.

Sendo assim, mantenha o registro de toda operação financeira da sua empresa, incluindo as despesas fixas e os investimentos pontuais para um determinado mês.

Para facilitar esse processo, vale muito a pena contar com uma plataforma digital para automatizar esse controle.

2. Otimizar os gastos

Outro ponto atrelado ao planejamento, que com certeza pode lhe ajudar a formar o seu capital de giro, é a otimização das despesas da empresa.

Para isso, faça um mapeamento de todos os gastos e veja o que é possível eliminar ou diminuir. O montante oriundo dessa economia pode ser direcionado para formar o capital de giro.

3. Buscar parcerias de investimento

Como eu expliquei, existe uma modalidade de capital de giro associado ao investimento, para isso você deve buscar parcerias que busquem aportar uma quantia para o crescimento da sua agência.

Normalmente, isso envolve apresentação de pitch para grupos investidores e a negociação de uma porcentagem do negócio.

Como eu já destaquei, colocar na ponta do lápis todos os custos da sua agência é um ótimo começo para estruturar o seu capital de giro.

Essa análise torna as decisões financeiras do seu negócio muito mais assertivas e abre a possibilidade para repensar os gastos e direcionar investimentos para as áreas certas.

E para lhe auxiliar nessa jornada, criei um conteúdo exclusivo sobre gestão de custos, incluindo dicas de como realizar. Confira!

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