Sumário
Se você está empreendendo um negócio já tem tantas coisas com o que se preocupar, não é? O produto, o mercado, o cliente, a estratégia de marketing digital, as ferramentas, enfim, e ainda vem um cara te dizer que é preciso saber contar sua história?
Mas, calma lá! Eu não vim aqui para te dizer que você precisa necessariamente fazer algo a mais do que já faz.
Muito provavelmente você já pratica o Storytelling aplicado ao seu novo negócio enquanto empreende.
Logo, vou fazer uma ponte entre conceitos de empreendedorismo e princípios sobre história para te ajudar a enxergar isso.
Mas antes vamos falar um pouco sobre o que é Storytelling.
O storytelling é uma construção de narrativa com foco publicitário. Tal narrativa tem o intuito de gerar no consumidor empatia, proximidade e identificação. Com isso o relacionamento entre uma determinada marca e o cliente torna-se mais estreito e achegado.
Inúmeras práticas surgiram nos últimos tempos, é verdade. Mas o Storytelling está presente no mundo dos negócios há muito tempo. Você, no papel de consumidor, de audiência, já pode ter visto um texto em que sentiu uma enorme identificação, como se aquela mensagem fosse feita diretamente para você. Também pode ter sentido um encantamento e empatia imediata por determinada mensagem. Toda essa persuasão está intimamente atrelada ao Storytelling.
É muito comum vermos essa ferramenta sendo amplamente aplicada nos comerciais televisivos, as empresas usam esse recurso para encantar e cativar seus clientes.
Então muitos se perguntam como é possível construir histórias e textos que gerem tanto encanto. Como podem conhecer aqueles que nunca viram? A prática do Storytelling consiste em pesquisar e obter informações sobre o grupo ao qual cada pessoa faz parte.
Analisam seus costumes e hábitos, quais necessidades e dores que esse grupo possui, quais particularidades e características e os interesses, a partir daí toda narrativa pode ser construída direcionada a esse público.
Conforme falamos, o storytelling é uma ferramenta de marketing. Através dela é possível construir uma imagem forte de positiva do seu negócio, além de gerar autoridade sobre o assunto que trata sua empresa, sua marca.
Sobre a conversão em si, essa ferramenta pode auxiliar. Dados mostram que uma boa parcela da população compra por impulso, 37% especificamente. Geralmente uma compra por impulso faz o consumidor adquirir algo que ele não precisa de fato, isso indica que nesse caso o emocional também fala e é justamente aí que entra o storytelling.
Com isso não estamos dizendo que simplesmente aproveitar uma vulnerabilidade do cliente pode ajudar, é necessário ir muito além disso. Para que haja sucesso faz-se preciso que a mensagem seja encantadora, envolvente e atender as necessidades reais do consumidor, ou seja, não se trata do que você acredita que ele deva comprar, mas sim daquilo que ele realmente precisa no momento.
Sabe aquela pirâmide das necessidades elaborada por Maslow? ela retrata todos os tipos de necessidades que o ser humano precisa satisfazer. Isso tem relação com o marketing e especificamente com o stotytelling.
Quando o cliente quer fazer determinada aquisição ele não quer simplesmente obter benefícios práticos com aquele produto, ele deseja também que alguns de seus anseios emocionais sejam atendidos. Por exemplo, ele quer que através do produto necessidades como autoestima e autorrealização sejam preenchidas.
Agora que fizemos essas considerações vamos então a ponte entre conceitos de empreendedorismo e princípios sobre história.
1 – Conhecer bem o seu mercado te ajuda a construir um protagonista forte para a história do seu projeto
Antes de se tornar um expert do seu produto, você deve se tornar um expert do seu mercado, pesquisando e aprendendo sobre ele na prática.
Se você já está fazendo isso, terá na mão informações importantes sobre o perfil do seu cliente e os problemas que ele enfrenta.
A história do seu projeto será sobre essa pessoa ou alguém muito importante para ela.
Não será sobre você, seu negócio, ou seu produto, que entram apenas como os coadjuvantes que ajudam esse protagonista a superar os desafios que você irá apresentar logo no início da história.
2 – Ter uma proposta de valor bem definida te ajuda a ter clareza sobre o significado da história
Na validação do seu modelo de negócios, um item precioso e complexo de ser identificado é a proposta de valor, tema que eu já comentei por aqui.
Mas, uma vez definida a proposta de valor, é dela que você pode extrair insumos para construir, dentro da história, os percalços pelos quais seu protagonista passará e o que ele poderá alcançar com a sua ajuda.
A mensagem principal que a história deixará com o público está diretamente ligada à proposta de valor do seu projeto.
3 – Teste o seu produto e também a sua história
Se existe o MVP, por que não ter também uma MVS (Minimum Viable Story)?
É a versão “pitch” da história do projeto, que pode ser utilizada no elevador, no café e até no almoço de domingo quando você precisa contar para a sua tia o que você faz. Há dicas boas para um bom pitch nesse post aqui.
Essa história contada de forma sucinta precisa conter esses elementos essenciais que abordei aqui:
- um protagonista forte (relacionado ao seu mercado), que enfrenta desafios e consegue, com a sua ajuda, …
- algo ainda melhor do que o que ele imaginava (relacionado à sua proposta de valor).
Conte essa história várias vezes, obtenha feedbacks, pivote, mude o fim, o início, o meio, e depois dissemine e detalhe essa história em apresentações maiores, vídeos, posts, e-books, enfim, todo e qualquer conteúdo que o seu projeto possa gerar.
Espero que tenha identificado aquilo que já tem na mão para saber contar uma boa história a seus clientes, parceiros e investidores. Ou, ao menos, do que precisa correr atrás para chegar lá.
Qual é a história da sua startup? Escreva nos comentários em até 200 caracteres e receba feedbacks!