Gestão, Startups

A startup e sua escolha do modelo de negócios: B2B ou B2C?

Não se pode afirmar que um modelo de negócios é superior ao outro, afinal cada um possui suas características distintas para cada...

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Pode ser considerado até presunçoso afirmar qual o modelo de negócios ideal para uma startup. Afinal, não existe resposta pronta para essa dúvida. Aliás, antes do modelo de negócios, é preciso saber qual a proposta de valor da empresa e qual solução esperada pelo mercado ela pretende apresentar.

Os modelos B2B e B2C têm características bem distintas na postura da empresa quanto a vários processos como planejamento, abordagem de vendas e marketing.

Vamos ver os modelos de negócios mais conhecidos?

B2B: business to business

É quando uma empresa tem outras empresas como público-alvo para suas relações de negócios. O B2B pode incluir a terceirização, que ocorre quando uma empresa contrata um empreiteiro com conhecimento e experiência no setor dessa empresa.

O termo B2B, no entanto, é mais conhecido na esfera do comércio comercial, onde os atacadistas vendem produtos aos varejistas ou um fabricante de equipamento original comercial vende seus produtos aos atacadistas. Contidas em uma execução comum da cadeia de suprimentos estão várias transações de negócios.

Por exemplo, um fabricante doméstico fará compras em madeireiros, fabricantes de janelas, empresas de concreto, etc. Cada uma dessas transações é considerada uma forma de B2B.

B2C: business to consumer

O consumidor final é o público-alvo das vendas de produtos ou serviços de uma empresa. O modelo de negóciosB2C é um dos tipos mais comuns de modelos de negócios em que uma empresa vende seus produtos diretamente ao consumidor e não há terceiros envolvidos neste tipo de interação.

Mais de setenta por cento de todas as empresas têm esse tipo de modelo de negócios em que vendem diretamente aos consumidores.

C2C: consumer to consumer

O terceiro tipo ou modelo de negócio é de consumidor para consumidor, quando um consumidor vende seu próprio produto para outro consumidor.

Caracteriza-se com a ocorrência de negociação direta entre os próprios consumidores. A participação da empresa ocorre apenas como um facilitador da negociação, sem envolvimento quanto ao fornecimento de produto ou serviço.

Como referência, o exemplo típico a mencionar é o Ebay

B2G: business to government

Compreende os organismos públicos como alvos do negócio da empresa. Licitações e pregões eletrônicos são exemplos.

Na prática podemos dizer que esse modelo de negócios se caracteriza por relações comerciais que são operacionalizadas entre uma empresa e o governo. Tais operações podem incluir serviços, produtos e outros tipos de soluções que podem ser ofertadas.

Geralmente é um modelo mais complexo do que os demais mencionados, por conta disso é preciso aquelas empresas que implementam essa opção devem ter atenção redobrada.

Empreender sem precipitações

Empreendedorismo não é uma atividade fácil. Uma pesquisa divulgada este ano pela Allmand Law, mostrou que cerca de 90% das startups de tecnologia não resistem aos primeiros anos. Você quer tirar uma ideia do papel, mas ainda não sabe como iniciar uma startup? Não comece sem prever seus passos – e vá para a rua estar cada um deles. O planejamento adequado é parte essencial no desenvolvimento de um negócio de sucesso, mas só planejar sem executar não vai fazer uma ideia sair do papel.

Preferência e adequação

A preferência por B2B ou B2C é algo particular. Cada especialista tem uma visão e tese própria sobre o tema. Como não existe um roteiro infalível para a criação de uma startup, talvez seja mais natural dizer o que não fazer.

Uma tese interessante sobre a escolha do modelo de negócios é defendida por Ken Sundheim, fundador da KAS Placement Recruitment and Staffing. A sugestão de Ken Sundheim para o empreendedor de primeira viagem é ficar longe do B2C e escolher o B2B baseado em serviços.

Ele acredita que é difícil uma startup acertar logo na primeira empreitada, e o modelo B2B baseado em serviços é mais flexível para uma eventual necessidade de mudança no direcionamento da empresa. A própria empresa KAS, inicialmente, trabalhava com serviços que não a levaram a ter o resultado esperado.

Por ser um B2B de serviços, Ken Sundheim diz que a empresa pode construir uma transição tranquila para um outro serviço. Sundheim ainda cita que as empresas devem evoluir de acordo com a demanda de mercado, e, quando uma empresa baseada em B2B de serviço precisa mudar, é muito mais barato e prático.

O pensamento de Ken Sundheim está alinhado ao lean startup, metodologia que defende um planejamento dinâmico, com real experimentação dos propósitos da empresa em relação ao sentimento de potenciais clientes, parceiros e do mercado como um todo.

Caso a caso

Sundheim tem sua convicção, porém cada empreendedor deve tentar encontrar seu próprio caminho.

E no seu caso, que modelo é melhor para a solução que sua startup oferece? Vamos continuar essa conversa nos comentários!

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