Muitas pessoas sonham em se tornar empreendedoras, em abrir suas próprias empresas. Mas antes de começar seu negócio, você precisa se perguntar se ele vai gerar dinheiro para ser viável e gerar retorno sobre seu investimento. Se os ganhos não forem maiores que os custos, não vale a pena tirar a ideia do papel.
No começo do seu negócio é natural que o caminho para o sucesso apresente mais dificuldades até se estabelecer como uma marca sólida no mercado. Os consumidores se tornaram cada vez mais exigentes, buscam um produto que seja capaz de atender todas as suas expectativas.
Outro ponto interessante é como o atendimento e o sentimento que o consumidor sente tem interferido nas relações comerciais. Ou seja, não basta atender as especificações em qualidade no seu produto ou serviço, é necessário que o atendimento e a relação construída com o cliente seja de excelência.
Algumas empresas possuem preços elevados em relação aos produtos de outros empresas, entretanto, as empresas mantém esses valores e muitas vezes os consumidores dão preferências a elas. Já se perguntou por que isso acontece e o que levar em consideração na hora de precificar o seu produto?

Um ponto crucial para acertar esse cálculo é precificar seus produtos ou serviços corretamente. O que parece complicado, já que cada cliente provavelmente perceberá um valor diferente para seu produto. Além disso, você não pode simplesmente estipular o valor que deseja. Antes, é preciso avaliar uma série de fatores.
Uma precificação adequada leva em consideração aspectos externos a empresa e adapta a realidade e objetivos do seu negócio e produtos. Apesar de parecer um ponto simples, uma precificação é o ponto de extrema importância para sua empresa. É por meio dela que seu negócio conseguirá manter a saúde financeira, maximizar ganhos e cumprir com os objetivos definidos.
É um processo que envolve muitos fatores, não sendo tão simples como alguns imaginam. Deve-se englobar os consumidores, questões tributárias, fornecedores, concorrência e até mesmo o perfil da próprio empresa.
Na hora de precificar é importante levar em consideração o perfil do seu público alvo, afinal o preço é o valor que sua persona enxerga naquela marca e está disposta a pagar. Isso nos leva a uma reflexão interessante e que é importante considerar: nem sempre o menor preço ganha, em muitos casos é o maior valor agregado ou vantagens definidas pelos clientes, que ganham.
O preço diz respeito a expressão monetária dos seus produtos, já o valor compete aos benefícios que são agregados e nem sempre está atrelado ao preço. A conjugação de preço bom e maior valor considera-se custo benefício.
Pode ser uma tarefa difícil definir como precificar um produto, por isso para ajudar você neste momento, listei 10 perguntas que devem ser respondidas ao realizar a precificação do seu produto. Confira!

O que você vai ver:
1. Existe um problema a ser resolvido?
Aqui o foco deve ser o problema. Se seu cliente não tiver um, seu produto ou serviço provavelmente não será uma solução. Os consumidores possuem “dores” ou necessidades e elas precisam ser atendidas pelo seu produto.
Existem muitos negócios hoje em dia, por isso deve-se haver um benefício claro para essa aquisição ser feita com você
2. Este problema pode ser resolvido?
Falei sobre a importância de atender as necessidades dos consumidores, porém, não adianta encontrar um problema se ele não puder ser resolvido.
Um exemplo são as reclamações de pessoas que não utilizam bicicleta para ir ao trabalho por acharem perigoso andar nas ruas junto com carros e ônibus. Temos o problema, mas a solução foge do seu alcance.
3. É algo que os clientes querem?
Para você, pode ser um grande problema a ser resolvido, mas se o cliente não pensar o mesmo, não vai querer sua solução. Por isso, o seu produto ou serviço deve ser atual dentro da realidade consumidora que temos hoje.
4. Eles pagarão para tê-lo resolvido?
Esta pergunta complementa a anterior. O cliente tem o mesmo problema que o seu e começa a identificar a necessidade do seu produto ou serviço.
Porém, se considerar que o problema deveria ter uma solução gratuita, ele não vai pagar. Por isso deve ser algo que ele enxergue um benefício e valor, que valha realmente a aquisição.
5. Qual o tamanho do seu mercado?
Aqui é importante entender se existem fornecedores suficientes para sua ideia, se você tem concorrentes, como eles agem, qual o preço deles e, principalmente, qual o tamanho do público-alvo.
Essas informações poderão ser usadas como base para sua precificação e devem ser levadas em consideração.
6. Quais são os meus custos?
Uma das principais perguntas, mesmo que seu preço seja igual ao dos concorrentes. Afinal, você não quer ter uma empresa que dê prejuízos, certo?
Por isso o seu preço deve ser definido de forma que subtraindo seus custos ainda obtenha lucro. Nesse caso é importante não definir unicamente pelo preço da concorrência, lembre-se que se trata de um negócio diferente com custos e realidade diferente da sua.
7. Qual é o lucro almejado?
É importante que isto esteja bem claro, porque é obvio que o empreendedor vai sempre querer ter a maior margem de lucro possível.
No entanto, deve sempre se lembrar da lei de oferta e demanda: quanto maior o preço, menor é a procura.
8. O preço é praticado pelo mercado?
Após identificar os concorrentes, é preciso saber o preço que eles estão praticando para poder posicionar o seu corretamente.
9. Qual é o público alvo?
Defina quem você quer atender, quantas pessoas seu negócio é capaz de atender e como você vai atender seus clientes.
Além disso essa informação é importante para analisar quanto aquela persona estará disposta a desembolsar pela aquisição da sua marca.
10. Quantidade ou qualidade?
Também é preciso saber que se você tem planos para atender um único nicho de mercado, com poucas pessoas. Seu produto pode ser considerado “premium” e pode acabar tendo um valor elevado para isso.
Após responder estas perguntas, você poderá precificar seus produtos mais corretamente e posicioná-los da forma adequada no mercado.
E para acompanhar se a sua precificação está correta, nada melhor do que definir boas métricas para o seu negócio.
Tem mais alguma dica ou sugestão? Conte nos comentários!
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