Empreendedorismo, Startups

8 habilidades indispensáveis para inovar em modelos de negócio

Em uma realidade de mercado onde os consumidores são cada vez mais exigentes é necessário se reinventar e apresentar soluções inovadores. Caso...

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8 habilidades indispensáveis para inovar em modelos de negócio

O sonho de muitos empreendedores é construir uma ideia totalmente nova e apresentar esse negócio ao mercado como um produto revolucionário. Por outro lado grandes histórias de sucesso foram obtidas através de apresentar melhorias a modelos de negócios já existentes.

Em verdade, não pode-se dizer que esses negócios reformulados não são inovações, eles apresentam uma nova perspectiva desses modelos existentes e talvez atendam uma necessidade, o que poderia não acontecer anteriormente.

A única certeza que qualquer empreendedor que começa uma startup pode ter é de que o negócio vai mudar. Empresas que não apostam na inovação contínua ou que têm processos muito lentos de mudança acabam ficando para trás. Pode levar décadas, mas uma hora ou outra, ignorar a necessidade de adaptação pode custar caro.

Nesse sentido, observar ideias e tendências pode ajudar. Mesmo aquelas que vêm de outros mercados podem levar a repensar o modelo de negócios. Afinal, o modelo de negócio é a lógica de como uma empresa cria, captura e entrega valor aos clientes. Não é à toa que inovar o modelo exija uma série de habilidades. Vamos agora conferir algumas dessas habilidades para te ajudar.

habilidades

1. Capacidade de compreender todos os aspectos do negócio

A capacidade de compreender todos os aspectos do negócio em toda a cadeia de abastecimento, que inclui as pessoas, informações, tecnologias, processos e recursos envolvidos na produção, além dos elos da cadeia de suprimentos que fornece valor de troca e oferece o negócio para o cliente.

Essas informações serão decisivas para melhorias e se apresentar como um negócio competitivo.

2. Habilidade de questionar profundamente

Questionamento estratégico requer adotar uma atitude inquisitiva para ganhar novos conhecimentos e entendimentos, especialmente de desenvolvimento que parte dos clientes.

O questionamento pode ser aliado para entender as necessidades e se adaptar a elas.

3. Capacidade de compreender emergências e tendências

A capacidade de trabalhar e compreender a emergência de tendências, atitudes, crenças, sentimento do mercado e comportamentos.

A compreensão pode ser aliada para adotar o estilo de comunicação adequado a determina persona e suprir suas necessidades.

4. Observar e ver os padrões

A possibilidade de observar e ver os padrões subjacentes e conexões para além do óbvio. Isso inclui a preparação para enquadrar a necessidade, problema ou questão corretamente. 

Sabemos que os perfis dos consumidores se alteram ao decorrer do tempo e tendem a se tornar exigentes, a capacidade de estar atento aos novos padrões é uma habilidade necessário para se manter atualizado e competitivo.

5. Criar equipes multidisciplinares e funcionais

A aptidão para criar equipes multidisciplinares e funcionais, de alto desempenho e com capacidade de trazer inovação no mercado.

6. Disposição para investir

Disposição para investir, experimentar e implementar a inovação em atividades mensuráveis ​​mercado.

7. Capacidade de melhoria contínua

Capacidade de continuar a ajustar, inovar, capturar e incorporar o que é aprendido.

8. Preparação para gerenciar riscos e mitigá-los

Preparação para gerenciar riscos e mitigá-los, permitindo que as coisas apesar de não saírem perfeitas podem ser apresentadas com excelência.

Um negócio no início apresenta muitas incertezas e precisa se posicionar de forma forte para ser amplamente aceito, negócios presentes há anos também precisam se atentar a novos riscos para que não percam seu posicionamento, portanto, a habilidade de identificar e corrigir erros é muito importante.


A inovação é um processo de dois lados – de um lado é descoberta e, de outro, a entrega. Mas nenhuma inovação é possível sem que a liderança e a cultura da empresa facilitem e incentivem tais processos. Quando falamos em inovação nem sempre diz respeito a pegar um negócio estabelecido e presente no mercado e adaptá-lo, pode-se estar relacionado ao seu próprio modelo de negócio, identificar pontos de melhoria e inovação e assim executá-las.

Outra coisa também interessante é que é possível utilizar alguns modelos existentes e adaptá-los para outro tipo de negócio. Vamos ver um exemplo.

O caso da Aravind

Um grande exemplo de adaptação de modelo de negócios é o do Aravind Eye Hospital, criado pelo cirurgião Govindappa Venkataswamy, que se aposentou em 1976 e iniciou uma jornada que mudaria a vida de inúmeros deficientes visuais na Índia.

Dr. V, como é conhecido, inspirou-se em um modelo de produção inusitado para criar a instituição: a rede McDonalds de fastfood. O hospital oftalmológico foi citado pelo The New York Times como “não apenas um sucesso de saúde pública, mas um sucesso financeiro“.

Diferente de muitas organizações de saúde sem fins lucrativos de países em desenvolvimento, que contam com a ajuda do governo ou de doações, o hospital de Dr. V  é sustentável​: o atendimento a pacientes carentes e a construção de novos hospitais são financiados por pacientes que querem pagar.

No Aravind, a maioria dos pacientes paga apenas um valor simbólico, ou nada. Com as taxas arrecadadas dos pagantes, a instituição foi muito além de um simples hospital e repensou toda a cadeia que envolve desde o paciente até o desenvolvimento de tecnologia para os tratamentos e se tornou o mais eficiente centro de tratamento oftalmológico mundial.

O grande trunfo do Aravind foi a redução de custo de suas operações, utilizando o modelo de produção diferenciado. Foi criada a partir dele uma outra organização, chamada Aurolab, que desenvolve lentes com baixos custos e as exporta mundialmente.

Como um McDonalds, o Aravind também tem eficiência na linha de montagem, estritas normas de qualidade, reconhecimento da marca, padronização, consistência, controle de custos implacável e, acima de tudo, volume. Até agora, mais de 300 hospitais na Índia e em outros países já adaptaram seus modelos de acordo com o Aravind.


Portanto, mesmo depois de tirar sua ideia do papel e validar hipóteses, reúna suas habilidades e permaneça atento a outros modelos, mesmo que em outras indústrias, que podem dar origem a uma inovação de processo tão impactante quanto a do Dr. V.

Casos como esse nos mostram que em muitos casos a adaptação pode até mesmo estar relacionado a estilo de atendimento ou desenvolvimento do negócio. Isso não significa ser uma cópia dos modelos de negócios alheios, ma sim utilizá-los como inspiração para inovar dentro do seu mercado.

O que você acha da adaptação de ideias e modelos de negócio em outros mercado e indústrias? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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