Gestão, Motivação

Como o Pipeline de Liderança ajuda a formar líderes de alta performance

Descubra como o pipeline de liderança vai te ajudar a traçar um caminho para o desenvolvimento de líderes de alta performance!

· 6 min leitura >
pipeline de liderança

Desenvolver as lideranças numa empresa é (ou deveria ser) um dos grandes objetivos das agências digitais. 

Isso porque os líderes são os principais responsáveis por fazer com que os projetos se tornem realidade, além de serem responsáveis pelo maior recurso de todas as empresas: as pessoas.

Porém, entre querer desenvolver e saber como treinar as lideranças existe um espaço gigante. Afinal, por onde começar? O que os líderes devem aprender? Como é possível mensurar este processo de evolução?

E todas essas perguntas podem ser respondidas com o pipeline de liderança, uma metodologia que traça uma jornada de crescimento e evolução para líderes de alta performance.

Aqui eu vou te mostrar o que é e como funciona o pipeline de liderança. Vem comigo!

De onde veio o pipeline de liderança?

Ninguém nasce pronto. E ainda, nenhum líder nasce pronto. Essa é uma ideia que pode limitar o crescimento da sua equipe e, consequentemente, da sua empresa.

O pipeline de liderança é uma metodologia desenvolvida pelos consultores Ram Charam, Stephen Drotter e James Noel, e descrita no seu livro de mesmo nome.

A ideia é estruturar e estimular a percepção da liderança como um processo a ser desenvolvido, tirando a percepção de que ela seria uma habilidade nata e exclusiva para algumas pessoas.

Assim, o objetivo é construir um caminho para a formação de líderes de alto desempenho, baseado numa estrutura que foca não somente nas hard skills, mas especialmente nas soft skills de cada profissional.

Isso significa que qualquer pessoa pode se tornar um líder. E para isso, existem alguns caminhos e habilidades a serem estimuladas.

Eu gosto de olhar para este processo como uma jornada. Afinal, o caminho de um líder não é dos mais simples, especialmente para as pessoas que buscam ir além da média e procuram alcançar resultados extraordinários.

Dessa forma, ao implantar o pipeline de liderança com a sua equipe, você vai:

  • Estruturar treinamentos e estratégias com o foco em cada líder;
  • Desenvolver a postura de responsabilidade;
  • Facilitar o processo de sucessão e crescimento no negócio;
  • Aumentar o engajamento do time e percepção de crescimento;
  • Oferecer oportunidades com base na evolução do colaborador;
  • Criar um modelo de gestão em competências e soluções ágeis para o negócio.

E para entender como este processo funciona, você precisa conhecer as características e o que representam as 6 passagens do pipeline de liderança.

As 6 passagens do pipeline de liderança

A metodologia do pipeline de liderança é composta por 6 passagens, também chamadas de transições. Elas representam os pontos-chave de crescimento e transformação na vida de um líder. 

Assim, cada uma exige o desenvolvimento novas habilidades e, como eu gosto de pensar, superpoderes que fazem do líder uma pessoa mais forte e pronta para enfrentar os desafios da nova fase.

Ao todo, são 7 etapas com 6 transições. Dessa forma, tudo parte da liderança de si mesmo e, ao longo do processo, as atribuições e responsabilidades vão aumentando.

É importante também que você saiba que nem todas as pessoas passam por cada uma das transições. 

Como elas estão relacionadas a diferentes tipos de negócios, a metodologia do pipeline de liderança buscou simplificar e construir um modelo padrão, mas que não é uma regra para todo mundo.

Veja a seguir uma explicação sobre cada uma das fases.

Ponto zero: líder de si mesmo

Todo mundo deve lembrar do início de carreira. Aquela animação para cumprir as tarefas, a felicidade em ver os próprios resultados, e a satisfação em também ver que os líderes e gestores percebiam o seu potencial.

Saber como gerenciar a si mesmo e as próprias atribuições são os primeiros grandes desafios no ambiente de trabalho. Assim, é comum que algumas pessoas ainda fiquem estagnadas nesta etapa e não assumam a autorresponsabilidade pelas entregas.

No pipeline de liderança, o líder de si mesmo é a pessoa que entendeu como ela funciona de forma individual, e desenvolveu as habilidades para gerar resultados a partir dos seus esforços.

Assim, na metodologia, este é o ponto de partida.

1ª passagem: líder dos outros

Após assumir a liderança própria, o próximo passo é se tornar o líder dos outros.

Nesse contexto, existe uma situação comum: normalmente os colaboradores líderes de si mesmo são aquelas pessoas que chegam na empresa e apresentam ótimos resultados. Assim, as gerências percebem o potencial e oferecem um cargo de liderança.

E esta é a primeira passagem.

Mas para ser um líder de outros, existem algumas habilidades essenciais a serem desenvolvidas, como:

  • Estruturação e organização de tarefas;
  • Capacidade de avaliar, mensurar e contribuir com o trabalho de outras pessoas;
  • Desenvolver o engajamento do time;
  • Planejar o trabalho não somente de si, mas de toda a equipe.

Dessa forma, a dificuldade de quem realiza esta primeira passagem é deixar a visão que focava apenas nas suas entregas e abranger a sua percepção, reorganizando as suas energias para contribuir com o trabalho do time, e sem deixar suas atribuições de lado.

2ª passagem: líder de líderes

Fazendo a primeira passagem, o pipeline de liderança define o próximo passo como a liderança de lideranças.

Nesta etapa, os líderes devem deixar o olhar operacional de lado e desenvolver uma visão focada na estratégia. E este é uma grande dificuldade, especialmente para as pessoas que gostam de ser reconhecidas por suas entregas.

Veja bem, existem diversos perfis de colaboradores e comportamentos distintos. E na passagem da liderança dos outros para liderança de líderes, é comum que algumas pessoas não se sintam tão confortáveis em deixar suas atividades e tarefas de lado para focar em planejamento.

Por isso, nem sempre todos conseguem realizar esta transição.

3ª passagem: líder funcional

Aqui, o líder passa de gestor de gestores para líder de outras funções. Isso nós podemos chamar de coordenação de departamentos.

Nesta nova fase, o líder deve olhar além das outras lideranças e entender como as funções de cada pessoa podem gerar mais e melhores resultados para o negócio. Assim, o olhar passa a ser voltado também para o mercado e a concorrência.

Existem dois pontos principais a serem trabalhados:

  • A estratégia para alinhar o time de líderes;
  • Direcionar os esforços para impactar e gerar maior competitividade no mercado.

Isso quer dizer que algumas novas habilidades devem ser desenvolvidas e outras devem ser aprimoradas, como:

  • Análise de dados;
  • Maturidade gerencial;
  • Comunicação;
  • Visão sistêmica do negócio;
  • Atuação como profissional generalista e que sabe lidar com diferentes setores.

4ª passagem: líder de negócios

Antes, era preciso conhecer as funções. Agora, o desafio dos líderes é saber como integrar cada uma dessas funções e gerar resultados de mercado que impactem no crescimento e aumento do lucro.

Nesta etapa do pipeline de liderança, os líderes encontram maior liberdade de atuação, como também maiores responsabilidades. Assim, o ponto é integrar cada pessoa para que novos resultados possam ser planejados e atingidos.

Esta transição vai exigir ainda mais que o líder tenha não somente o conhecimento sobre as pessoas, mas conheça e aplique estratégias que visem a diversidade de ideias e o estímulo a uma comunicação mais clara e eficaz.

Para os líderes de negócios, a palavra-chave é planejamento.

5ª passagem: líder de grupo

Quando falamos em gestão de grupos, estamos nos referindo a grupos de empresas e diferentes negócios e propósitos.

Assim, aqui o líder precisa desenvolver uma visão mais globalizada e alinhar as necessidades do mercado com os objetivos e recursos das empresas, buscando o fortalecimento das culturas e times de negócios.

6ª passagem: líder corporativo

Se fossemos dar um nome para esta última fase, seria a fase do CEO.

No pipeline de liderança, é aqui que o profissional vai voltar o seu olhar para uma visão mais corporativa e com o foco em definir os direcionamentos organizacionais, lidando com fatores tanto internos quanto externos ao negócio.

E para isso, ele vai precisar de todas as habilidades adquiridas e aprimorada nas outras passagens.

No pipeline de liderança, a pressa é inimiga da gestão

Se você parar para analisar, o pipeline de liderança funciona como uma bola de neve.

O líder começa com uma visão restrita e bem simplificada, e a cada nova transição, as suas habilidades vão aumentando e sendo trabalhadas para atingir uma percepção macro da empresa, do mercado e das pessoas.

Como eu falei logo no início, este modelo não é um processo obrigatório para todas as empresas, e muito menos para todos os líderes. Mas ele vem como uma proposta de evoluir e trabalhar as potencialidades do time.

Além disso, existe um ponto super importante para ser verificado: quando falamos em treinamento de lideranças, a pressa é inimiga da gestão.

Por isso, não adianta querer implantar essa metodologia e estipular um prazo X para que os seus líderes alcancem um determinado ponto.

Aqui, pressa e qualidade, normalmente, não andam juntas. Assim, por mais que você queira desenvolver seus líderes, o ideal é buscar oferecer as ferramentas e o tempo necessários para que cada um siga no seu próprio ritmo.

E pode ter certeza: desse jeito, os resultados são bem melhores.

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