Gestão

Microgerenciamento: o que é e o porquê você deve evitar essa prática

Sabe aquele papo de “precisar gerenciar a equipe de perto”? Ele acaba com os resultados no seu negócio. O microgerenciamento é um problema para...

· 4 min leitura >
líder fazendo microgerenciamento

O microgerenciamento é uma prática que algumas lideranças aplicam na gestão de seus times, e que não é nada produtiva. Além da sobrecarrega para o próprio líder, esse modelo de gerenciamento também causa impactos no dia a dia das empresas.

Mas eu garanto a você que, para escalar seus resultados e destravar o crescimento do seu negócio, é necessário banir essa prática.

Neste artigo eu vou lhe mostrar o porquê e ainda lhe dar dicas para otimizar a gestão do seu negócio. Acompanhe a leitura!

O que é microgerenciamento?

Embora o nome pareça algo interessante, o microgerenciamento não é uma prática produtiva para a gestão de uma empresa.

Ele consiste no acompanhamento excessivo das tarefas diárias do time e na concentração das decisões na figura do gestor.

Esse controle excessivo é, na verdade, uma manifestação de liderança autocrática e ultrapassada, e está presente em ações como:

  • Falta de incentivo à autonomia dos colaboradores;
  • Querer decidir sozinho sobre pequenos ajustes do dia a dia da empresa;
  • Impedir uma comunicação mais ampla dentro do time;
  • Falta de estímulo ao engajamento coletivo.

O microgerenciamento não é um estilo de gestão. Na verdade, ele é o resultado da falta de conhecimento sobre as práticas corretas de liderança que acaba resultando em um medo de perder o controle do próprio negócio.

Porém, existem também outros fatores que potencializam esse problema de gerenciamento muito comum em pequenas e médias empresas.

E o que mais impulsiona esse tipo de prática são comportamentos como:

  • Concentração de funções;
  • Falta de confiança na equipe;
  • Liderança sem planejamento;
  • Falta de preparo por parte do gestor.

Além disso, muitos gestores aplicam o microgerenciamento por pura falta de conhecimento ou por temerem a realização de uma mudança na cultura organizacional da empresa. E a persistência desse comportamento na sua empresa pode causar diversos problemas e afetar o desenvolvimento do seu negócio.

Quer saber mais sobre isso? Então acompanhe o próximo tópico que eu vou detalhar mais esse assunto.

4 problemas que o microgerenciamento pode gerar

Muitos empreendedores sentem dificuldade de implementar novos projetos e até mesmo melhorar a relação cotidiana com sua equipe, esbarrando em entraves criados pelo controle excessivo.

E para resolver esse problema, é necessário reconhecer como ele pode afetar a sua empresa a curto, médio e longo prazo.

Para ajudar você nessa tarefa, eu listei abaixo alguns dos principais danos que o microgerenciamento pode gerar no cotidiano e nos resultados da sua empresa. Dá uma olhada.

1.    Baixa produtividade

A produtividade é um elemento chave na busca por melhores resultados, mas ao contrário do que a prática de microgerenciamento sugere, a alta performance não é alcançada quando um time se sente em estado de vigilância constante.

Por isso, para que seus colaboradores atinjam bons índices de produtividade, é necessário dar segurança e liberdade dentro de um acompanhamento mais eficiente, utilizando metodologias ágeis para a gestão dos projetos.

2.    Rotatividade de colaboradores

Ninguém quer trabalhar em estado de tensão e ser gerenciado por um péssimo líder. Por isso, em empresas que incentivam o microgerenciamento, o índice de turnover é mais elevado.

Essa rotatividade de colaboradores é prejudicial para o negócio por alguns motivos, dentre eles estão:

  • Deterioração da imagem da empresa diante dos profissionais;
  • Custos elevados com processos de recrutamento;
  • Falta de perspectiva para os integrantes do time.

Além disso, o clima de instabilidade não colabora para a geração e estímulo do intraempreendedorismo entre os colaboradores, que perdem o engajamento na busca por mais e melhores resultados.

3.    Falta de integração na equipe

O microgerenciamento também limita o entrosamento do time, pois o ambiente organizacional não é favorável para a integração da equipe.

Isso acaba criando um ambiente de trabalho “frio” e com excesso de competitividade negativa entre os colaboradores. Um lugar onde só existem cobranças e críticas não é o lugar ideal para crescimento e desenvolvimento criativo.

4.    Prejuízo para a escalabilidade

Se você me perguntar se há possibilidade de crescimento para uma empresa liderada por alguém que pratica microgerenciamento, eu vou ser enfático em dizer “não”.

Digo isso porque o microgerenciamento é, na verdade, um sintoma da falta de planejamento e, consequentemente, da ausência da visão de futuro de um líder. E, sem isso, não é possível escalar os resultados de um negócio.

Como identificar a prática de microgerenciamento?

Se você acompanhou o texto até aqui, ficou fácil identificar as práticas de controle excessivo que podem estar minando a sua gestão.

Mas para que você não tenha nenhuma dúvida sobre esses sinais de alerta, eu vou citar algumas características do microgerenciamento que podem causar problemas graves a sua empresa. Acompanhe:

  • Todos os e-mails enviados internamente pelo time devem seguir com cópia para você;
  • Falta de autonomia da equipe em decisões de baixo risco orçamentário e estratégico;
  • Não estimula a interação dos componentes do time, ou chega a proibir o engajamento entre eles;
  • Todas as atividades do cotidiano da empresa passam por sua supervisão;
  • Propostas de mudanças e melhorias não são incentivadas;
  • Cada segundo de trabalho e entregas feitas são avaliadas.

Mas agora você deve estar se perguntando: “Rafael, existe um jeito de mudar esses aspectos e afastar o excesso de controle do meu negócio?”

E eu lhe respondo que “sim”, tem uma série de antídotos contra o microgerenciamento e eu vou listar os principais no próximo tópico.

5 dicas para banir o microgerenciamento na sua empresa

Afastar essa prática do cotidiano do seu negócio deve ser um compromisso real, na prática de uma boa liderança.

E o primeiro passo nessa jornada é prezar o planejamento e se manter o foco no crescimento coletivo e na melhoria da cultura organizacional da sua empresa.

Mas para efetivar essas mudanças, alguns passos precisam ser dados por você, como, por exemplo:

  1. Estimule o autogerenciamento;
  2. Pratique a comunicação assíncrona;
  3. Delegue funções;
  4. Ofereça feedback;
  5. Integre seu time.

Quer mais dicas de como otimizar a gestão do seu negócio? Eu vou indicar outros artigos que vão com certeza lhe ajudar nessa jornada. Confira:

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