Sumário
Vamos ser sinceros: salário emocional é importante, mas se você não sabe como recompensar o seu time de forma justa, os resultados não chegam. É por isso que, para todos os empreendedores, conhecer os modelos de remuneração é fundamental.
Diferente do mercado tradicional, as agências digitais trabalham com diversos modelos de remuneração, que variam de acordo com as necessidades da empresa e o próprio perfil dos colaboradores.
Mas você já identificou qual o melhor modelo de remuneração para a sua empresa? Já conhece os principais formatos? Ou sabe por que é importante trabalhar com mais de um único modelo?
Se a sua resposta foi “não” para uma dessas perguntas, relaxa. Você está no lugar certo!
Aqui eu vou te apresentar não só quais os principais modelos de remuneração, mas também vou te mostrar o que avaliar na hora de escolher o melhor formato para a sua agência.
Aproveita o conteúdo!
Quais os tipos de remuneração?
Antes de partir para analisar qual o melhor modelo, primeiro é preciso entender que, segundo os critérios de legislação e conceitos de RH, uma empresa pode trabalhar com 3 modelos de remuneração:
- Fixa: salário fixo, comum aos colaboradores CLT ou mesmo aos prestadores de serviço terceirizados, que recebem mensalmente um valor pré-determinado;
- Variável: que envolve comissões, gratificação, bonificação, premiações, participações nos lucros, incentivos;
- Indireta: é aquela remuneração que não está diretamente ligada ao salário, mas que vem em forma de benefícios, como gympass, plano de saúde, acesso a cursos, vale-alimentação, etc.
Todos esses modelos de remuneração existem pelo simples fato de que o ser humano vive numa eterna jornada. Ao chegar em um determinado ponto, ele vai estar satisfeito durante um período, mas depois vai querer alcançar novos desafios.
E é por isso que, se o seu objetivo é crescer a sua empresa e incentivar o envolvimento do time, a remuneração é um dos fatores que nunca devem ser deixados de lado.
Por que definir diferentes modelos de remuneração?
Como você viu acima, não existe apenas um modelo de remuneração. Isso porque a remuneração não está atrelada somente ao valor monetário que é repassado ao colaborador, mas também aos benefícios e incentivos que ele pode usufruir de acordo com a sua jornada na empresa.
Mas por que você deve investir em mais de um modelo de remuneração?
Veja bem, pessoas diferentes são incentivadas por estímulos diferentes, e quanto maior a variedade de formatos que as pessoas podem aproveitar, melhor.
Bora usar um exemplo para deixar mais claro? Imagine que você tem duas funcionárias na sua empresa: Gabi e Juliana.
Gabi é uma redatora, solteira, sem filhos e que está iniciando a pouco tempo na empresa. Juliana também é uma colaboradora recente, e é uma designer mãe de 2 filhos.
Já que você está pesquisando sobre modelos de remuneração, digamos que você quer implantar um benefício como auxílio-creche.
Diante dos estilos de vida das suas novas colaboradoras, quem estaria mais interessada em usufruir do benefício? Juliana, correto?
Do mesmo modo, imagine que você está pensando em implantar um sistema de comissões por produtividade para toda a empresa. Nesse estilo de remuneração, as pessoas mais inclinadas e interessadas seriam as da equipe de vendas, já que o seu formato de trabalho é mais tangível de ser mensurado do que uma equipe operacional, por exemplo.
Percebeu como é importante investir numa boa diversidade de modelos de remuneração? Os seus colaboradores são como personas, e você precisa entender o que atrai mais ou menos cada pessoa para que todos possam ficar satisfeitos.
Isso porque, quando você remunera da forma ideal:
- O compromisso aumenta;
- A produtividade é estimulada;
- O senso de responsabilidade cresce;
- O clima organizacional melhora.
Principais erros ao definir diferentes remunerações
Mas aí não basta somente querer, é preciso saber a melhor forma de implantar essas mudanças.
Por mais que você esteja envolvido com as melhorias da empresa e deseje oferecer melhores formatos de remuneração, é preciso tomar bastante cuidado na hora de decidir o que e como implantar essas mudanças.
Isso porque, assim como tudo no processo de gestão, é preciso muito planejamento e mensuração dos impactos da mudança.
E para entender melhor sobre isso, eu vou te apresentar alguns erros comuns no processo de implantação de novos modelos de remuneração.
Pensar em apenas um grupo
Como eu expliquei acima, é preciso visualizar os seus colaboradores como personas, com interesses e necessidades diferentes.
Somente dessa forma você vai conseguir implantar um modelo de remuneração eficaz e que não só aumente a satisfação do time, mas também eleve os resultados da empresa.
Planejar sem considerar o financeiro
Imagina que você ficou super animado, optou por um determinado sistema de remuneração, apresentou para a equipe, implantou, mas aí depois percebeu que seria um grande peso para o financeiro e precisou cancelar.
Eu nem preciso dizer o quão chato o clima fica, não é?
Um dos primeiros pontos que você deve considerar é o impacto financeiro que o novo modelo de remuneração vai apresentar. Isso porque a sua empresa precisa ter as condições necessárias para que ele seja sustentado no longo prazo.
Desconsiderar os diferentes modelos de contrato
Colaboradores CLT ou PJ trabalham em regimes diferentes. Por isso, além de entender o perfil da equipe, também é preciso considerar o que é válido e aplicável em cada modelo de contrato, especialmente no momento de formalizar a aderência ao modelo de remuneração.
Por exemplo, colaboradores CLT trabalham em um regime de remuneração fixa, diferente dos prestadores de serviço, que podem estar recebendo por produtividade. Aqui você deve encontrar uma ou mais soluções para que todos da equipe percebam que podem ser beneficiados e que se manter na empresa é uma escolha interessante.
Deixar de pesquisar no mercado
- O que será que o mercado está praticando?
- Como as agências remuneram cada cargo?
- Quais os níveis de variação?
- Como cada região ou porte de mercado trabalha os modelos de remuneração?
Essas são algumas das perguntas que você deve buscar responder ao trabalhar novos modelos de remuneração na empresa.
Afinal, os seus colaboradores também estão de olho no mercado, e você vai precisar trabalhar a competitividade e atratividade da sua agência.
Como definir o melhor modelo de remuneração?
Eu sei que aqui você está esperando uma resposta curta e rápida, mas ela não existe.
O melhor modelo de remuneração vai ser o que mais atende às necessidades da sua equipe e melhor se encaixa no cenário financeiro da agência.
Algumas agências trabalham com modelos de remuneração mais comuns, como:
- Comissões para vendedores;
- Bonificação por resultados do time;
- Contratos de participação para sócios ou gestores estratégicos;
- Benefícios dos mais diversos para a equipe.
E uma forma bem comum de identificar o melhor modelo é perguntado diretamente aos interessados na mudança!
Aqui você pode fazer uma pesquisa de clima e identificar como as pessoas estão percebendo o ponto da remuneração, como também recolher ideias do que o time gostaria que a empresa oferecesse.
Afinal, quem melhor para direcionar do que os próprios colaboradores?
E na hora de definir como os colaboradores podem aproveitar cada formato, você pode utilizar ferramentas como a avaliação de desempenho. Ela vai conseguir direcionar melhor quais os resultados do funcionário e como ele pode ou deve ser recompensado por suas entregas.
Além disso, se você quer desenvolver um plano mais estruturado — e seguro — para a sua empresa, o desenvolvimento de um plano de cargos e carreiras também é uma boa opção.
Mas lembrando: para isso, você vai precisar contar com o suporte de profissionais especialistas no ramo, como advogados e contadores. Isso vai evitar que você formalize uma estrutura de recompensas insustentável ou que não está em conformidade com os requisitos legais.
Implantou? Agora é hora de acompanhar!
Fez as pesquisas necessárias e implantou os novos modelos? Agora é hora de analisar se as escolhas estão gerando resultados!
No mundo dos negócios, é preciso tomar decisões com base no bem-estar da empresa, e aqui não seria diferente.
Além de oferecer soluções que possam estimular a satisfação do time e promover uma melhor qualidade de vida, você também deve avaliar como o novo formato impactou nos resultados da empresa. Afinal, este é um investimento indireto na produtividade da agência.
E para isso, você pode utilizar alguns indicadores para avaliar as mudanças, como satisfação da equipe e níveis de produtividade no período após a implantação.
Saber quais os melhores modelos de remuneração para a sua agência faz parte da jornada de um gestor para a construção dos processos e direcionamentos da cultura do RH na empresa. Mas ela não se resume a isso.
Na verdade, este é apenas um dos diversos pontos que líderes precisam observar na hora de gerenciar e estimular o seu time.
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